Alinhamento entre os CIO e Restantes Executivos de Primeira Linha é o Segredo para o Sucesso das Empresas
Factos noticiosos:
- Estudo da Fujitsu revela distanciamento entre o CIO e os restantes executivos de primeira linha na Europa no que toca à transformação digital
- Os colaboradores das empresas são vistos como um dos principais obstáculos ao sucesso da transformação digital
- 65% dos gestores portugueses afirmou que a pandemia acelerou a necessidade de assegurar uma eficaz transformação digital na organização
- Apenas 41% das empresas portuguesas acredita que terá terminado a sua transformação digital nos próximos cinco anos
Não há dúvidas de que a transformação digital é considerada um investimento crítico: três quartos dos CIO e restantes executivos acredita que a pandemia tem demonstrado o quão essencial é a transformação digital para a sobrevivência do seu negócio - na realidade, 77% dos executivos entrevistados em Portugal destacou que o vírus mudou muito a sua abordagem à transformação digital. No mesmo sentido, 65% dos gestores portugueses afirmou até que a pandemia acelerou a necessidade de assegurar uma eficaz transformação digital na organização.
A par da continuidade do negócio, os colaboradores são uma das principais razões para iniciar uma transformação digital. Ironicamente, cerca de 40% dos inquiridos revela que os seus colaboradores foram um obstáculo a uma transformação digital bem-sucedida. Além disso, também o CMO (38%) e os accionistas (37%) foram indicados como possível obstáculos.
Os CIO estão muito menos seguros das vantagens da transformação digital: 52% dos CIO têm dificuldades em compreender as suas vantagens, quando comparados com apenas 28% dos restantes executivos de topo. É uma disparidade que pode conduzir a impasses ao nível da direcção quando se trata de discutir orçamentos, cronogramas e medição de objetivos.
Esta diferença de pensamento foi mais uma vez exposta no que toca aos progressos efectuados até ao momento: apenas 9% dos executivos de topo pensa ter concluído a sua transformação digital. No caso dos CIO, foi quase um quinto (19%). Porém, a maioria das empresas portuguesas (67%) acredita que terá terminado a sua transformação digital nos próximos dez anos. E menos de metade (41%) das organizações em Portugal pensa que a terá concluída até 2025.
As implicações de tudo isto são imediatamente perceptíveis: 78% dos CIO inquiridos admitem que precisam da ajuda de terceiros para definirem as suas prioridades de transformação, e 73% dos restantes executivos de topo concordam.
Encontrar pontos em comum
Não obstante as diferenças, houve algum consenso no final, uma vez que as pressões relativas ao investimento têm empurrado as organizações para parcerias estratégicas: 51% dos inquiridos admite que não seria capaz de concluir a sua transformação digital sozinho. Entretanto, 76% sentem que trabalhar com um parceiro aumentou a sua confiança, reduzindo as suas preocupações relativamente a falhas na transformação digital.
Emergem ainda outros exemplos de alinhamento, sobretudo no que toca à natureza da transformação digital: 73% dos inquiridos concorda que esta nova abordagem significa que ‘a mudança organizacional é agora contínua’. Aliás, 64% dos executivos de primeira linha afirmam que a transformação digital não é tanto sobre tecnologia mas sim uma forma moderna de “mudar a gestão”.
Também houve alguma concordância no que respeita a identificar os principais desafios na concretização da transformação digital:
- Fraco alinhamento entre a tecnologia e o negócio (40%)
- Modelos de negócio complexos (37%)
- Disponibilidade de recursos, incluindo cashflow (33%)
Portugal no enquadramento europeu
Relativamente aos gestores inquiridos em Portugal, existe um grande alinhamento entre as principais questões abordadas por este estudo face aos restantes países europeus. Existem no entanto algumas discrepâncias face aos resultados obtidos noutros países. Entre os cinco países inquiridos, foram os gestores portugueses os que admitiram mais limitações técnicas para potenciar uma eficaz transformação digital (40%, face a 30% em Espanha ou 25% em França). Curiosamente, quando questionados sobre a disponibilidade de recursos (incluindo cashflow) para promover a transformação digital, Portugal foi o país que menos referiu esta limitação (apenas 31% face aos 37% de Espanha, por exemplo). Por outro lado, os gestores portugueses foram dos que revelaram maior dificuldade nas suas organizações em compreenderem os beneficios da transformação digital (41%), face aos 32% em Espanha e 25% em França.
Leia aqui o Report: People-Powered Technology: The CIO and Organisational Transformation
Conclusão
Havendo uma visão clara e alinhada acerca dos obstáculos, será muito mais fácil todos os executivos de topo unirem-se para encontrar soluções.
Após analisar os dados do estudo, Carlos Barros, Director Geral da Fujitsu Portugal, conclui: “A pandemia tem criado muitas dificuldades às empresas nos últimos sete meses, e uma das maiores tem sido tentar levar a cabo uma transformação digital a um ritmo que responda às solicitações de clientes, consumidores e colaboradores. Embora possa haver divergências quanto ao caminho mais indicado para assegurar a transformação digital, os CIO e os restantes executivos de primeira linha deverão procurar ajuda externa para levar esse processo a bom porto. Para as organizações suportarem verdadeiramente estes desafios empresariais trazidos pela pandemia, os líderes da organização precisam de se realinhar e encontrar objectivos comuns, sejam eles culturais, tecnológicos ou outros, pois é o próprio futuro do negócio que depende disso.”
O mais relevante é, talvez, a grande vontade que existe de trabalhar em conjunto: 77% afirmam que a colaboração entre os executivos de primeira linha é essencial para uma transformação digital eficaz. Mas os moldes exactos desta colaboração continuam em ponderação.
Um total de 750 inquiridos – composto por 35% de CIOs e 65% de outros executivos de topo – divididos equitativamente entre Portugal, Espanha, França, Países Baixos e Bélgica responderam a um inquérito online em Junho e Julho de 2020. O estudo foi conduzido pela Vitreous World.
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Date: 08 October, 2020
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