Seis equipas de três pessoas, compostas por exploradores do árctico experimentados e um homem “normal”, partiram para Resolute Island no Norte do Canadá, no dia 6 de Abril, e percorrerão 500 quilómetros em condições polares extremas.
Além de patrocinar o evento, a Fujitsu Services forneceu uma vasta gama de dispositivos de comunicação móvel, desde telefones por satélite a computadores portáteis wireless – uma infra-estrutura tecnológica essencial que permite às equipas manterem-se em contacto com os organizadores, amigos, família e colegas de trabalho. A Fujitsu também possui a sua própria equipa, a Equipa Fujitsu, que está em competição para ser a primeira a chegar ao pólo.
Tradicionalmente, os participante nestes eventos usam voz através de uma ligação por telefone de satélite para permanecerem em contacto, mas confiar nesta comunicação pode ser problemática: a recepção pode ser irregular devido à perda de energia ou sinal. Para fazer frente a este problema, a Equipa Fujitsu está a testar um método mais sofisticado – comunicação por e-mail de texto em PDAs móveis (Personal Digital Assistants), os quais não são afectados por uma recepção irregular, devido à sua capacidade de comunicar durante as curtas quebras de conectividade. Os PDAs estão equipados com uma carta série compacta de alta velocidade, que possibilita a comunicação com telefones por satélite e uma memória SDRAM (Synchronous Dynamic Random Access Memory), permitindo às equipas recuperarem a sua informação se o PDA se avariar ou congelar no clima árctico.
“Nunca fizemos este tipo de experiência antes,” afirmou Tony Gale, engenheiro técnico da Fujitsu: “Independentemente do que acontecer, aprenderemos. A Equipa Fujitsu é a única equipa na corrida a usar comunicações de dados enquanto toda a gente está a usar voz.”
Uma das outras preocupações, é que nestas condições extremas de menos 40º C é possível que os PDAs congelem, se estiverem muito tempo expostos ao frio. Os membros da equipa têm que manter os dispositivos junto ao corpo e não os podem retirar para fora, a não ser de noite, quando as tendas já aqueceram.
Para enviar um e-mail, a equipa efectua uma chamada para o satélite Iridium, que contacta a estação Iridium onde é feita uma chamada de acesso para o ISP. Este procedimento é similar ao aceder a uma conta de hotmail, mas muito mais lento (velocidade de 2.4 kbs por segundo i.e. 1/20th de uma ligação normal). Os e-mails têm de ser curtos devido a questões de largura de banda e duração da bateria. Adicionalmente, um relatório especial sobre as condições climatéricas do árctico, incluindo pormenores da previsão actual do tempo é concebida no árctico e enviada por e-mail para o Reino Unido.
De volta ao laboratório da Fujitsu, em Manchester, os e-mails são recebidos em servidores, que possuem um servidor de mail OpenHand instalado. Este produto é usado porque é excepcionalmente bom a receber e-mails em largura de banda baixa.
John Bamber, o gestor de projecto técnico da Fujitsu no árctico, afirmou: “As principais questões técnicas que a equipa encontrou estão relacionadas com a temperatura e com o tempo. Leva 45 segundos a aceder ao e-mail e 10 segundos a enviar, mas se o PDA for deixado ao frio muito mais tempo que isto, congelará. Devido à energia solar ser a única fonte de carga para as baterias desenvolvemos uma solução ‘hot box’ para as baterias, feita com tea lights, seguindo uma fonte de inspiração enquanto comia no meu restaurante chinês do costume” .
A solução tecnológica do Fujitsu Polar Challenge é realizada com elementos standard, mas com o conhecimento técnico, compreensão e um pouco de imaginação de como a equipa conseguirá trabalhar sob condições extremas.